É um breve resumo sobre a função do tutor, mas, bem esclarecedor, inclusive, com uma explicação sobre o preconceito sobre a modalidade do Ensino a Distância.
Nas primeiras experiências em EaD, quando os cursos eram oferecidos por correspondência, o ensino se inspirava no modelo fordista de divisão de tarefas, baseadas na transmissão de informações e calcadas no cumprimento de objetivos. O aluno estudava por módulos instrucionais, que tinham a função de ensinar. Nesse modelo, a figura do tutor era praticamente inexistente e sem muito valor, já que desempenhava apenas o papel de "acompanhante" do processo de aprendizagem do aluno. Esse modelo de ensino repercutiu muito negativamente na aceitação da EaD, porque eram identificados, em seus processos, os elementos do modelo fordista da produção industrial (Belloni, 1999).
A partir da década de 1980, acompanhando as mudanças sociais, novas concepções pedagógicas de ensino e aprendizagem passam a influenciar projetos e programas na modalidade a distância (Maggio, 2001). A ênfase que era dada à transmissão de informação e ao cumprimento de objetivos foi substituída pelo apoio à construção do conhecimento e os processos reflexivos, aparecendo a idéia de tutor como aquele que dá apoio à construção do conhecimento.
Segundo Belloni (1999), a partir de então, passam a coexistir duas orientações teórico-filosóficas no campo da educação e, particularmente, da EaD: o modelo antigo, baseado nos processos "fordistas" de ensino, e o modelo mais moderno, cujos objetivos e estratégias visam a se afastar do behaviorismo de massa em direção a um modelo mais aberto, flexível, humanista e menos tecnocrata (Belloni, 1999). Nesse percurso da EaD, a tutoria passa a ser considerada como um dos fatores fundamentais para o bom desempenho do aluno. Assim, o tutor tem sido objeto de estudo de diversos autores e, de acordo com as concepções pedagógicas do curso no qual ele está envolvido, recebe variadas denominações, tais como: orientador, professor, facilitador de aprendizagem, tutor-orientador, tutor-professor, e até mesmo animador de rede. Entretanto, o perfil de tutor ainda não está completamente configurado e, nessa indeterminação de funções, o professor é quem tem ocupado esse lugar.
Visualizar artigo completo
Fonte: Scielo
sexta-feira, 11 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
TUTORIA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Tutoria, tutor.
A etimologia da palavra tutor traz implícito o termo tutela, proteção, tão comum no campo jurídico. A defesa de uma pessoa menor ou necessitada.
A etimologia da palavra tutor traz implícito o termo tutela, proteção, tão comum no campo jurídico. A defesa de uma pessoa menor ou necessitada.
Apropriada pelo sistema de Educação a Distância, (SÁ, 1998), tutor passou a ser visto como um orientador da aprendizagem do aluno solitário e isolado que, frequentemente, necessita do docente ou de um orientador para indicar o que mais lhe convém em cada circunstância. Pode-se admitir plenamente que o Professor-Tutor seja denominado em outros sistemas similares como orientadores acadêmicos ou até facilitador.
Como mediador, neste processo, o professor tutor assume papel relevante, atuando como intérprete do curso junto ao aluno, esclarecendo suas dúvidas, estimulando-o a prosseguir e, ao mesmo tempo, participando da avaliação da aprendizagem.
Níveis de Atuação do Tutor
Conforme Preti (1996, p.27), “o tutor, respeitando a autonomia da aprendizagem de cada cursista, estará constantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo de ensino aprendizagem [...]. É por intermédio dele, também, que se garantirá a efetivação do curso em todos os níveis”.
A tutoria visa á orientação acadêmica, acompanhamento pedagógico e avaliação da aprendizagem dos alunos a distância. Para isso o tutor deve possuir um papel profissional com capacidades, habilidades e competências inerentes à função. Precisa expressar uma atitude de excelente receptividade diante do aluno e assegurar um clima motivacional.
Formação do Tutor
Conforme Ibanez, citado em Aretio (1996), é também muito importante a relação pessoal entre os tutores e entre estes e os demais profissionais envolvidos com EAD. Como educador que é, do tutor são requeridas certas qualidades, como maturidade emocional, capacidade de liderança, bom nível cultural, capacidade de empatia, cordialidade e ser um “bom ouvinte”.
Perfil de Competências do Tutor
A formação específica de tutores inclui, portanto, os fundamentos, a metodologia e estrutura acerca do sistema de EAD, a fim de sustentar as bases pedagógicas da aprendizagem sobre o comportamento das pessoas adultas. Inclui ainda os procedimentos de investigação e confecção de materiais didáticos nas mais diferentes mídias. O tutor deve possuir habilidades de comunicação, competência interpessoal, liderança, dinamismo, iniciativa, entusiasmo, criatividade, capacidade para trabalhar em equipes etc.
A figura do tutor deve situar-se numa posição estratégica, já que seu desempenho central é atuar como mediador entre currículo, interesses e capacidades do jovem agora e, no futuro, professores, pais e alunos; alunos entre si e nos processos de ensino-aprendizagem.
Leia o artigo na íntegra
Assinar:
Postagens (Atom)